Você tem diabetes e o controle de sua glicemia não anda muito bem? Sabia que você pode ter retinopatia diabética? Saiba tudo sobre essa doença, seus tratamentos e prevenção.
O diabetes, ou diabetes mellitus (DM), é uma doença sistêmica que se não tratada e controlada adequadamente pode levar a diversas complicações crônicas, como a retinopatia diabética. Um diabético apresenta o risco de perder a visão 25 vezes maior que uma pessoa não diabética.
SAIBA MAIS sobre o diabetes em nossa matéria Diabetes também faz mal para os olhos, onde o Dr. Guilherme Kappel explica sobre a doença, seus sintomas e grupo de risco.
A retinopatia diabética é uma doença ocular provocada pelo diabetes, ela ocorre na retina (parte posterior dos olhos onde a imagem é formada) e causa perda de visão gradativa podendo progredir para a cegueira, se não tratada.
A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira. Após 20 anos com o diabetes, a retinopatia pode ocorrer em mais de 90% dos pacientes com DM tipo 1 e em 60% dos pacientes com DM tipo 2.
Esclarece Dr. Guilherme Kappel, médico oftalmologista especialista em Retina.
Pacientes com retinopatia diabética, em seus estágios iniciais, costumam não apresentar sintomas. Em estágios mais avançados é comum o paciente se queixar de:
Para que a doença não seja diagnosticada apenas em estágio avançado é fundamental que as pessoas com diabetes façam acompanhamento periódico com o médico oftalmologista.
Nos estágios iniciais da retinopatia diabética, o paciente não possui nenhuma alteração na visão e a doença só pode ser diagnosticada pelo médico oftalmologista com o auxílio de exames diagnósticos.
Explica Dr. Guilherme Kappel, médico oftalmologista especialista em Retina.
A retinopatia diabética é uma das mais frequentes complicações do diabetes. A alta concentração de glicose no sangue causa alterações na estrutura dos vasos sanguíneos da retina, conhecidas como micro-aneurismas. Com o tempo esses micro-aneurismas podem romper e liberar sangue e fluídos que podem atingir a mácula (região central da retina) e interferir na visão, dando origem ao Edema Macular Diabético (EMD).
Existem duas formas de retinopatia diabética: a exsudativa (não proliferativa) e a proliferativa:
A retinopatia diabética não proliferativa, ou exsudativa, é a forma mais frequente da doença. Ela corresponde ao estágio inicial da doença, no qual há hemorragia e vazamento de líquidos de pequenos vasos da retina, levando a um edema local, afetando muitas vezes a visão central, usada para leitura.
A retinopatia diabética proliferativa é o estágio mais avançado da doença. Nele áreas da retina deixam de receber sangue devido ao dano permanente nos vasos sanguíneos. Há formação de novos vasos anormais (chamados neovasos). Estes vasos são extremamente frágeis e podem causar grandes hemorragias e em alguns casos descolamento da retina.
Se você tem diabetes, hipertensão, faz uso de insulina ou possui algum acometimento renal, você deve ir a um médico oftalmologista, mesmo que você não perceba nenhuma alteração significativa na visão, há grandes chances de ter algum sinal de retinopatia diabética.
Além disso, o aparecimento e evolução da doença está relacionado com o tempo que o paciente possui diabetes e o mau controle glicêmico. Fatores como o tabagismo, hipertensão arterial e colesterol alto também contribuem com o agravamento da doença.
O diagnóstico precoce da retinopatia diabética é fundamental para evitar a perda de visão.
Explica o dr. Guilherme Kappel
A retinopatia diabética não tem cura, mas pode ser tratada. Os tratamentos para a retinopatia diabética possuem o objetivo de retardar ou frear sua progressão e são:
No tratamento a laser é realizado uma fotocoagulação com laser que reduz o edema local e destrói os vasos sanguíneos anormais
O tratamento com medicação consiste na aplicação de injeções intraoculares de medicamentos capazes de reduzir o edema e a proliferação dos neovasos: medicamentos anti-inflamatórios (a base de corticoides), medicamentos antiangiogênicos (anti-VEGF), e/ou implante intravítreo de polímero farmacológico de liberação controlada.
O tratamento cirúrgico, conhecido como vitrectomia, é realizado em casos avançados da doença, quando há hemorragia do humor vítreo ou descolamento de retina.
O melhor tratamento sempre será a prevenção! Manter visitas regulares ao oftalmologista, um cuidadoso controle glicêmico e uma vida saudável, com uma dieta adequada e atividades físicas regulares, é o melhor caminho.
Enfatiza o Dr. Guilherme Kappel, médico oftalmologista, especializado em Retina.
O cuidado com a saúde dos olhos deve ser algo diário, fique atento a qualquer mudança na sua visão e não deixe de visitar seu médico oftalmologista ao menos uma vez por ano.
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